Segundo lugar no Concurso para Reconstrução do Centro de Conferências para a 23a Cúpula dos Estados da União Africana.
Sabendo-se que o Gabão é hoje uma nação emergente, que se apresenta como uma peça-chave na reestruturação econômica e política da África, pensamos na necessidade de criar uma identidade arquitetônica capaz de sinalizar o atual momento do país.
Propomos envolver o edifício existente com uma pele circular translúcida, feita com placas de concreto de ultra resistência, um material capaz de proteger termicamente a construção do calor dominante na região. O novo edifício é capaz de abrigar perfeitamente todo o programa desejado, além de fornecer uma nova imagem para o Centro: um cilindro perfeito, solto do chão, e quase diáfano, dada a sua perfuração irregular. E se a leitura visual da forma hexagonal do edifício é quase impossível na situação atual, essa forma se revelará no confronto com o novo perímetro circular, nos espaços internos do futuro Centro. Trata-se de uma operação simples, que revela as virtudes ocultas na obra existente, acrescentando-lhe leveza. Assim o Centro de Conferências ganhará realmente a dignidade de um “palácio” – palavra que o nomeia desde a origem na língua francesa.
Esse novo envelope, no entanto, não significa uma maior obstrução em relação ao entorno. Pois não apenas essa pele será vazada, como também a nova cobertura do conjunto apenas sombreará o ambiente, permitindo, no entanto, a entrada de ar e de chuva, de modo a criar uma desejada permeabilidade entre os espaços internos e externos do edifício. Com isso, é proposta uma segunda cobertura de vidro, interna e curva, que protege o hall central do conjunto, sem deixar de manter a leitura visual do resto da construção, bem como dos eventos atmosféricos em seu interior.
Cortando e retirando um gomo do hexágono existente, conseguimos acomodar um excelente auditório para 1.000 lugares, capaz de ser dividido por uma cortina isolante em dois auditórios independentes para 500 lugares sem qualquer prejuízo da solução espacial. Com isso, o core do edifício é inteiramente destinado às funções de recepção, acolhimento e distribuição (lobby), coberto pela cúpula de vidro e articulado aos foyers do auditório e áreas de café. E, no piso de baixo, é usado como local de exposições e ballroom, conectando-se à cota de acesso principal. A laje de piso do lobby, e cobertura do ballroom, é feita com um entramado triangular de madeira, abrindo frestas de vidro que permitem a passagem de luz até o piso de baixo.
Todo o sistema de circulação é montado a partir da área de expansão do edifício, construindo 3 torres claramente identificáveis nas cabeças dos hexágonos intercalados, conectados ao prédio antigo através de pontes. Os acesso técnicos, de público e vips estão convenientemente separados, funcionando independentemente.
Cilíndrico e etéreo, o novo Palácio de Conferências será o símbolo da reunião dos povos africanos em torno dos princípios de liberdade, tolerância e desenvolvimento democrático-sustentável.
Cortando e retirando um gomo do hexágono existente, conseguimos acomodar um excelente auditório para 1.000 lugares, capaz de ser dividido por uma cortina isolante em dois auditórios independentes para 500 lugares sem qualquer prejuízo da solução espacial. Com isso, o core do edifício é inteiramente destinado às funções de recepção, acolhimento e distribuição (lobby), coberto pela cúpula de vidro e articulado aos foyers do auditório e áreas de café. E, no piso de baixo, é usado como local de exposições e ballroom, conectando-se à cota de acesso principal. A laje de piso do lobby, e cobertura do ballroom, é feita com um entramado triangular de madeira, abrindo frestas de vidro que permitem a passagem de luz até o piso de baixo.
Todo o sistema de circulação é montado a partir da área de expansão do edifício, construindo 3 torres claramente identificáveis nas cabeças dos hexágonos intercalados, conectados ao prédio antigo através de pontes. Os acesso técnicos, de público e vips estão convenientemente separados, funcionando independentemente.
Cilíndrico e etéreo, o novo Palácio de Conferências será o símbolo da reunião dos povos africanos em torno dos princípios de liberdade, tolerância e desenvolvimento democrático-sustentável.
ficha técnica
Cliente: União Africana
Data do projeto: junho de 2012
Área total Construída: 18 971,00 m²
Projeto de Arquitetura: Metro Arquitetos Associados: Gustavo Cedroni, Martin Corullon; PPMS Arquitetos Associados: Pedro Paulo de Melo Saraiva, Pedro de Melo Saraiva, Fernando de Magalhães Mendonça; SIAA Arquitetos Associados: Cesar Shundi Iwamizu.
Colaboradores: Metro: Marina Ioshii, Filipe Barrocas, Marcelo E. M. Macedo, Luis Tavares, Francisca Lopes, Rafael de Sousa Silva, Bruno Jin Young Kim, Felipe Fuchs; PPMS: Paula Hori; SIAA: Alex Lima de Holanda, Andrei Barbosa, Bruno Salvador, Dulci Cipriano, Marcio Tanaka, Rafael Goffinet, Rafael Carvalho.
EKF: Evani Kuperman Franco, Mauricio Soares Alito, Robson Rodrigues de Camargo.
Conceito do zoo: Liliane Milanelo.
Conceito do Golfe: Roberto Ferrari.
Estrutura: Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros Associados: Eng. Jorge Zaven Kurkdjian.
Fundação: MG&A – Engº Mauri Gotlieb.
MEP – HVAC: LMSA Engenharia de Edifícios S.A.
Coordenação de projeto: Luís Elvas / João Brás.
Elétrica: Marcelino Lopes.
Comunicações: Paulo Teixeira.
Projeto de segurança: Catarina Neves.
Hidráulica: Márcio Pereira.
Iluminação: Luis Elvas.
Coordenação do sistema construtivo: Valter Campos.
Acústica: Odete Domingos.
Sustentabilidade: João Pedro Santos / Miguel Coutinho.
Relatório descritivo de arquitetura: Guilherme Wisnik.
Fotógrafo: Alessandro Kusuki.
Estimativa de custo: Engº Decio Fleury Silveira.