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Projeto de reforma e adaptação do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) que previa o restauro e recomposição do edifício original e a construção de uma torre de 14 pavimentos, ocupando o pátio central do edifício de arquitetura eclética, projetado por Adolfo Morales de los Rios. A entrada principal do público, seria mantida na Av. Rio Branco, no centro do Rio, através da escadaria do projeto original.

“Essa torre, construída no miolo vazio do palácio se confunde com toda a verticalização em volta. Ninguém pode saber onde ela está. Está dentro de um olho mágico, sem ofender a construção”, explica Paulo Mendes da Rocha, arquiteto responsável por este novo projeto.

O anexo seria construído a partir de estruturas metálicas de fácil montagem e fundações adequadas à situação e condição do prédio atual, inaugurado em 1908, multiplicando a área útil do museu por dez: mil metros quadrados do pátio interno original, para 10 mil metros quadrados da torre projetada em 2005, que poderia coincidir com a torre do MEC, criando uma harmonia entre as edificações.

Do ponto de vista construtivo, a torre projetada teria andares estruturais intercalados com andares livres para exposição e acesso ao público, permitindo a criação de depósitos de acervo, salas de trabalhos, sistemas de climatização, entre outros. Isso também permitiria o restauro e recomposição do edifício atual, esvaziando instalações secundárias de apoio e demolindo o que foi acrescentado de modo prejudicial, para garantir a característica histórica do Museu Nacional de Belas Artes: ser um espaço expositivo aberto ao público.

Os níveis de piso no anexo do MNBA, coincidiria com os níveis dos salões de exposição da coroa antiga, ampliando as áreas expositivas das salas originais sem tocar no caráter de coisa restaurada. No nível do chão da cidade, toda a quadra estaria livre para eventos e convívio com a vida urbana cotidiana, incluindo exposições temporárias, café/restaurante, áreas de recepção, entre outros.

“Deve-se, sem dúvida, preservar a construção existente como memória. Mas, na própria demanda do projeto, tornar o museu atual, ampliado e com recursos tecnológicos para receber exposições internacionais”, diz Paulo Mendes da Rocha.

 

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Ficha Técnica:

Tipo de projeto: Museu
Ano do projeto: 2005
Área construída: 23.000 m2
Endereço: Rio de Janeiro
Projeto de Arquitetura:  Paulo Mendes da Rocha, Martin Corullon, Gustavo Cedroni,  Guilherme Wisnik, Anna Ferrari, Stefan Baumberger e Carolina Castro
Cliente: Museu Nacional de Belas Artes
Estrutura: Heloisa Maringoni [Companhia de Projetos]