Em 2012 Paulo Mendes da Rocha recebeu de Hans Ulrich Obrist a encomenda de um pavilhão temporário junto a Serpentine Gallery, em Londres, dentro do programa de construções efêmeras iniciado por Oscar Niemeyer, em 2003.
A proposta consiste em um cilindro em estrutura metálica suspenso do solo, configurando um recinto circular translúcido, coberto por uma membrana têxtil em forma de cone, que conduz as águas da chuva ao centro do espaço, criando um impluvium, como um Pantheon invertido. A engenhosa solução estrutural previa um anel interno em concreto, que com seu peso manteria a tensão do conjunto apenas pela ação da gravidade, valendo-se da indeformabilidade das formas circulares – anéis de tração e compressão.
O projeto foi desenvolvido com a colaboração com consultores de engenharia locais – Arup Consultants – parceiros da Serpentine, e houve discussões sobre a ativação do espaço com a artista performática Marina Abramovic, mas foi suspenso em 2013, nunca vindo a se realizar
croqui em lousa de Paulo Mendes da Rocha, ilustrando o princípio estrutural do pavilhão,
com referências à cúpula de Brunelleschi, em Florença, e ao Ginásio do Cube Paulistano, de sua autoria.
croqui de Ed Clark, Arup, com a solução técnica pré-dimensionada
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Ficha Técnica:
Tipo de projeto: pavilhão de arte
Ano do projeto: 2012
Endereço: Londres
Projeto de Arquitetura: Paulo Mendes da Rocha, Gustavo Cedroni, Martin Corullon