O RPJ MULTIUSO é um projeto arquitetônico que visa a construção de um edifício de uso misto, abrangendo escritórios, teatro, cinema, hotel e museu, localizado na região da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, na cidade de São Paulo. Desenvolvido em parceria com renomados escritórios, como o OMA NY – Office for Metropolitan Architecture, Nitsche Arquitetos e AFA Consult, o projeto reflete uma visão contemporânea e multifuncional, alinhada às tendências de grandes centros urbanos globais. o RPJ MULTIUSO se distingue ao buscar inspiração nas tipologias arquitetônicas brasileiras, especialmente na tradição de espaços públicos abertos e cobertos, muito comuns nas cidades do Brasil. Essas áreas proporcionam uma conexão única entre os edifícios e o espaço urbano, ativando a interação social e promovendo a vivacidade do espaço público.
São Paulo é uma cidade que, até o final da década de 1970, se desenvolveu sem um plano diretor centralizado. Com o tempo, a cidade passou por uma gradual descentralização, com o desenvolvimento econômico se expandindo para o sudoeste, seguindo o traçado do rio Pinheiros. Após o florescimento do Centro até os anos 1960, novas áreas de desenvolvimento surgiram: a Avenida Paulista nos anos 1980, a Avenida Faria Lima nos anos 1990, e, mais recentemente, a Avenida Berrini na década de 2000.
A localização do projeto RPJ está estrategicamente posicionada nos arredores da Avenida Berrini, onde o desenvolvimento urbano tem se expandido, particularmente no bairro do Brooklin. A Operação Urbana Consorciada Água Espraiada contribuirá para o acréscimo de 1.500.000 metros quadrados ao bairro, principalmente ao oeste e norte do local do RPJ até 2016.
Embora a região do Brooklin siga replicando o padrão urbano típico de São Paulo, o RPJ MULTIUSO questiona se essa abordagem é a mais adequada para a área. O projeto enfrenta desafios de acessibilidade, com acesso limitado e linear a partir das principais vias, o que dificulta a circulação fluida de usuários pelo espaço. Além disso, o terreno é cercado por muros de contenção e edifícios menores, criando uma condição “afundada”, o que complica ainda mais a permeabilidade do local. Apesar desses desafios, o local é movimentado por usuários da universidade próxima, e com a construção de um supermercado adjacente ao terreno, espera-se um aumento significativo de pedestres, somando 2.300 usuários diários.
Ficha Técnica:
Tipo de projeto: Uso misto
Início do projeto: 2012
Endereço: Brooklin, São Paulo, SP
Área:
Projeto de Arquitetura OMA [Office for Metropolitan Architecture] Shohei Shigematsu, Patrick Hobgood, Ahmadreza Schriker, Giulia Foscari. [autor]; METRO Gustavo Cedroni, Martin Corullon e Sol Camacho [coautores]; Isadora Marchi, Luis Tavares [colaboradores] e Nitsche Arquitetos Lua Nitsche e Pedro Nitsche.
Cliente:
Estrutura: AFA Eng. Rui Furtado
Instalações elétricas, hidráulicas e complementares: AFA Eng. Marco Carvalho
Projeto de automação e segurança: AFA Eng. Marco Carvalho
Climatização: AFA Eng. Marco Carvalho
Acústica e cenotécnica: AFA Eng. Marco Carvalho